Magazine Luiza anuncia megaloja onde funcionava a Livraria Cultura, no Conjunto Nacional
21/08/2024
Espaço em São Paulo deverá reunir todas as marcas do grupo, incluindo Netshoes, KaBuM! e Época Cosméticos, informou a varejista. Imagem de arquivo mostra loja do Magazine Luiza em SP
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
O Magazine Luiza informou nesta terça-feira (21) que vai abrir uma megaloja no Conjunto Nacional, em São Paulo, no espaço onde funcionava a Livraria Cultura — que fechou as portas em abril deste ano (relembre mais abaixo).
A varejista ainda não informou quando a nova loja será inaugurada.
O CEO do Magalu, Frederico Trajano, afirmou que a intenção é criar uma "loja conceito", com produtos de todas as marcas do grupo, incluindo Netshoes, KaBuM! e Época Cosméticos.
“Será um ponto estratégico para o fortalecimento das nossas lojas físicas”, disse, durante a Expo Magalu, evento voltado aos sellers [vendedores parceiros] da companhia.
Fachada da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em foto de 2023.
Renata Bitar/g1
Segundo a varejista, a nova loja irá preservar os espaços históricos e culturais do local, como o teatro Eva Hertz, instalado nas dependências da antiga Livraria Cultura.
O Magalu informou ainda que a chamada "loja conceito" seguirá o modelo de negócio de "multicanalidade do Magalu".
Os clientes vão encontrar ofertas e serviços como retirada na loja, disse a companhia, enquanto os vendedores parceiros contarão com o espaço como "mais um ponto de entrega de itens vendidos no marketplace".
“Nós queremos levar para lá, para o nosso estoque, produtos dos nossos varejistas parceiros”, finalizou Trajano.
O que aconteceu com a Livraria Cultura?
A icônica loja da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, fechou as portas em abril deste ano. Conforme noticiou o g1, a unidade acumulava, desde 2020, dívidas de aluguel acima de R$ 15 milhões.
Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia negado o pedido da Cultura, que está em recuperação judicial, para suspender a ordem de despejo da loja.
Ao fechar as portas no Conjunto Nacional, a livraria informou ao g1 que a venda dos produtos havia sido suspensa e que apenas o teatro e o restaurante estavam funcionando.
A empresa vinha enfrentando uma forte crise desde meados de 2015, após o encolhimento do mercado editorial.
Em 2018, entrou com pedido de recuperação judicial, alegando uma crise econômico-financeira, com dívidas somando R$ 285,4 milhões — a maior parte com fornecedores e bancos.